
O que se passa na prática?
Como vimos, a atividade física regular fortalece os músculos e obriga o organismo a abastecer-se das suas reservas de gordura, em vez de recorrer aos tecidos nobres. Numa obra clássica no seu género, o Manual de fisiologia do esforço, publicado por dois especialistas nórdicos, os professores Per-Olof Astrand e Kaare Rodahl, podemos ler:
“Dado que a faculdade de utilizar as gorduras como combustível depende da capacidade para fazer circular o oxigénio, a escolha do combustível para alimentar o trabalho muscular dependerá do esforço pedido em relação à capacidade máxima de oxigénio do indivíduo. Quanto mais elevada for essa capacidade, maior será o contributo das gorduras no desgaste de energia do metabolismo, para um determinado grau de esforço. Dado que o exercício físico aumenta a capacidade máxima de oxigénio, ela aumenta também a possibilidade de utilizar as gorduras como fonte de energia muscular.”
Concluímos que o movimento impede a redução do metabolismo basal, verificada em muitas pessoas que seguem uma dieta de emagrecimento e que, por isso, são obrigadas a reduzir o seu ritmo de atividade. Confirmamos também que o movimento contribui para a regulação térmica do corpo.