Consultas de aconselhamento alimentar
Antes de iniciar qualquer dieta, é aconselhável ir ao médico. O profissional deve verificar o peso e a altura, para calcular o índice de massa corporal, conhecer o historial de saúde do paciente e os seus hábitos alimentares. Só assim consegue ditar uma dieta adequada a cada pessoa.
Diversos estabelecimentos, como centros de estética, institutos de beleza, ginásios ou health dubs, referem ter consultas de aconselha-
mento alimentar. Tenha cautela face a este tipo de oferta. A DECO proteste detetou falhas graves nas consultas dadas nestes locais.
Num estudo de 2006, a associação enviou para o terreno colaboradoras com perfis diferentes. Uma muito magra que, embora não precisasse, queria emagrecer quatro quilos; e uma obesa, que pretendia perder 20 quilos em cerca de seis meses. Ambas fizeram visitas anónimas a 39 estabelecimentos de beleza.
No primeiro caso, seria de esperar que lhe dissessem que não precisava de perder peso, não lhe passando qualquer regime para emagrecer. Mas a maioria dos profissionais recomendaram uma dieta. Perante uma pessoa obesa que deseja perder 20 quilos em seis meses, a atitude correta seria chamar a atenção para as consequências de um emagrecimento demasiado rápido, que só se conseguiria à custa de um regime muito restritivo, eventualmente perigoso para a saúde. Mas metade não hesitou em corresponder às expectativas da cliente.
Apenas em 12 casos, os profissionais prestaram um bom serviço. Efetuaram medições de peso e altura, fizeram um levantamento do
historial clínico e dos hábitos alimentares e passaram um bom programa de emagrecimento, no caso da colaboradora obesa. Tiveram
ainda o cuidado de alertar para os riscos de um emagrecimento muito rápido. No caso da 1 colaboradora magra, desaconselharam na a perder peso, limitando-se a fornecer conselhos sobre estilos de vida saudável. Os profissionais em questão tinham formações diferentes: nutricionistas, dietistas, assessores de dietética ou profissionais de estética.
Uma consulta de aconselhamento alimentar custa entre 15 e 110 euros. Nalguns locais, foi gratuita, mas depois as clientes foram incitadas a gastar dezenas de euros em produtos no estabelecimento. Em quase metade dos casos, as colaboradoras saíram da consulta com chás, infusões, ampolas, xaropes, entre outros. O nosso conselho é que os consumidores não recorram a qualquer tipo de produto para perder peso sem orientação e vigilância de um especialista.