
Produtos light
Existem cada vez mais produtos com a designação light, diet, baixo em calorias ou magro. São alimentos aos quais se reduz o valor calórico, com eliminação de algumas gorduras e açúcares. Ajudam a diversificar as refeições, mas, se não forem integrados num regime dietético, não fazem emagrecer.
CONSULTE OS RÓTULOS LIGHT
Em abril de 2005, publicámos na TESTE saúde o resultado de um teste a produtos light para avaliar se a redução calórica era significativa. Para isso, testámos 28 produtos e comparámos o valor calórico com o dos seus equivalentes correntes da mesma marca. Anote as principais conclusões:
• Mesmo quando a redução calórica é considerável, por si só, estes produtos não permitem emagrecer.
• Quando têm um teor em gordura inferior, os produtos light podem levá-lo a ficar com fome mais depressa.
• Nem todos têm as mesmas características, pelo que a sua utilidade varia. Consulte o rótulo destes produtos para os comparar. Apesar da redução, tenha em conta que não é por ter menos calorias que pode ingerir o dobro da quantidade, pois nesse caso a sua ingestão perde o interesse.
A comercialização de versões menos calóricas, gordas ou açucaradas dos produtos clássicos não é, certamente, de recriminar. No entanto, podem ser menos apreciadas do que as clássicas e, por vezes, mais caras. Além disso, consulte sempre os rótulos dos produtos para os comparar,pois pode haver diferenças entre marcas. verifique se a redução de um determinado nutriente se traduz numa redução importante do valor calórico.
Um dos principais inconvenientes destes produtos é que, para compensarem o efeito da redução ou eliminação das calorias no sabor e textura dos alimentos, podem utilizar mais aditivos. Por exemplo, se substituirmos uma parte da gordura de uma margarina por água, torna-se necessário utilizar um emulsionante. Tudo para a água e a gordura se manterem ligadas. Os refrigerantes diet substituem os açúcares por edulcorantes. Por isso, o seu consumo deve ser limitado e é totalmente desaconselhado às crianças e grávidas.
Evite os produtos que não indiquem rigorosamente a composição e o valor nutritivo. Caso contenham açúcar, verifique quais são os ingredientes utilizados. Lembre-se de que os derivados do amido – a frutose, o sorbitol, o manitol e o xilitol – devem ser usados em quantidades muito pequenas, por serem tão energéticos como o açúcar.
Por lei, um produto light só pode fazer esta alegação quando a redução do teor de um ou mais nutrientes for, no mínimo, de 30 por cento em relação a um produto semelhante. Exceção feita aos micronutrientes, para os quais é aceitável uma diferença de 10 por cento em relação aos valores de referência; e ao sódio para o qual é admissível uma diferença de 25 por cento. Além disso, todos os produtos que fazem a alegação light devem vir acompanhados da indicação da característica que os torna light.
EM RESUMO
• Seja crítico em relação à publicidade, pois esta pode, muitas vezes, induzir o consumidor em erro. Não existem alimentos com calorias negativas e as algas marinhas não derretem a gordura. Não deposite maior confiança nos vendedores de lojas de dietética, pois falta-lhes, por vezes, formação.
• Se usar substitutos de refeição, opte por substituir apenas um repasto por dia. Isso ajudá-lo-á a manter a dieta. Infelizmente, não o ensina a comer bem. Não as utilize de forma sistemática, pois, a longo prazo, podem provocar carências alimentares. Os produtos de substituição e os light podem ser úteis. Integre-os na sua dieta, sem exageros e de forma equilibrada.
Atenção: para tratar a obesidade, só contam aqueles que têm poucas calorias e/ou poucos açúcares.