
O princípio desta dieta é suprimir todos os alimentos que contêm hidratos de carbono. Ou seja, não só os açúcares simples encontrados na fruta e nos laticínios, mas também os complexos, como os cereais (arroz, trigo, milho) e seus derivados (massa, pão), as leguminosas e as batatas. Os legumes estão igualmente interditos. Em contrapartida, os alimentos que apenas contêm proteínas e gorduras são autorizados sem limitações, como é o caso da carne e da manteiga.
A liberdade absoluta explica a atração que esta dieta exerce em todas as pessoas que querem perder peso sem reduzir o aporte alimentar. Como é possível comer até à saciedade, é pouco frustrante. A justificação científica do Dr. Atkins, o seu criador, é que uma dieta sem hidratos de carbono impede a insulina de desempenhar uma função prejudicial ao organismo ao converter os açúcares em gorduras. Uma posição que está longe de reunir consenso entre os especialistas.
Na nossa perspetiva, este tipo de dieta, ao aumentar a quantidade de lípidos no sangue, tem várias consequências, nomeadamente:
– pode aumentar o risco de acidentes cardiovasculares;
– provoca uma sobrecarga do funcionamento do fígado e dos rins;
– induz a cetose, que, além de levar à diminuição do apetite, provoca náuseas, fadiga e apatia;
– a falta de açúcares e o consumo das reservas de glicogénio podem causar cãibras;
– a baixa ingestão de fibras origina prisão de ventre;
– pode levar à carência de vitaminas e minerais.
Está dieta desequilibrada e, nesse sentido, não é recomendável.