
As pessoas que seguem esta dieta podem comer de tudo, mas não ao mesmo tempo. Segundo os seus defensores, se passarem cinco a sete horas entre uma refeição em que há gorduras e outra em que há hidratos de carbono, perde-se um quilo por semana. Nas dietas dissociadas apenas são autorizados os pratos que combinam hidratos de carbono e proteínas ou gorduras e proteínas. O açúcar é interdito. A fruta é permitida, desde que não seja consumida como sobremesa.
De entre as dietas dissociadas, destacamos a de Montignac. De acordo com esta, os hidratos de carbono causam a descarga de insulina, que, por sua vez, leva as gorduras consumidas a acumularem-se directamente nos depósitos de gordura do corpo. Por esse motivo, este autor acredita que se separarmos as ingestões de gorduras da de hidratos de carbono, as primeiras não são armazenadas com tanta facilidade. Pelo contrário, passam a ser utilizadas pelo organismo como fontes de energia. Na verdade, este argumento não tem base científica: só são acumuladas as calorias consumidas em excesso.
Ao considerar apenas a combinação de alimentos, esta dieta corre o risco de ser pobre em hidratos de carbono, o que diminui as reservas de glicogénio; e em proteínas, com a consequente perda de massa muscular. Em acréscimo, é rica em gordura, o que é prejudicial para a saúde cardiovascular.
Este tipo de dieta tem êxito precisamente por ser pouco atrativa, levando a pessoa a comer menos. Ainda assim, a sua eficácia é discutível. Além disso, não é muito agradável, pois obriga a comer o queijo sem pão e a beber água com a carne.