
A energia
O corpo humano queima energia em permanência, tanto de dia como de noite, pois esta é indispensável para transportar o sangue, levar oxigénio às células e ativar o metabolismo. Em resumo, para viver. Qualquer atividade suplementar leva a gastos adicionais de energia. Por exemplo, os lenhadores gastam duas vezes mais energia do que os empregados de escritório. O mesmo acontece com alguns atletas profissionais. Aliás, vários estudos demonstram que os ciclistas queimam acima de 6500 quilocalorias, por dia, numa prova como a Volta à França.
A energia do corpo é extraída da alimentação. Como se liberta, como comanda os impulsos nervosos ou os movimentos musculares? No caso da célula muscular, a energia provém da glucose, ou açúcar, que contém. Quando falta glucose à célula, ela recorre a uma reserva imediata, uma substância química chamada glicogénio, armazenada no fígado. Essa substância decompõe-se em glucose, a fim de fornecer a energia necessária. Como esta operação, designada por neoglicogénese, tem um mau rendimento, há uma parte da energia que se perde, sob a forma de calor. E por isso que, por exemplo, o exercício muscular aquece. No organismo em repouso, a temperatura de base resulta da relação entre o calor produzido no interior do corpo e o calor perdido à superfície. Se essa reserva se esgotar, a célula emite um SOS às reservas de gordura. E o sistema nervoso central, por intermédio dos neurotransmissores e das hormonas que liberta no sangue, que desempenha a função de mensageiro entre a célula e as gorduras. Seguidamente, as hormonas desencadeiam uma série de reações químicas no seio das gorduras, que, por sua vez, se decompõem em pequeníssimas unidades. Estas últimas são conduzidas pelo sangue às células musculares, onde são queimadas para fornecer energia.
Se o corpo absorve mais alimentos do que o necessário para assegurar as funções vitais, recebe mais energia do que aquela que gasta, e o excedente é armazenado sob a forma de gordura. Esta reserva pode ser transformada em energia. No entanto, se isso não acontecer e a alimentação continuar a ser excedentária, abre-se o caminho para a obesidade.
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Necessidades Energéticas em função do
Peso Desejável e do Tipo de Atividade
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Altura (m) | Peso Desejável para uma ossatura média (kg) | Atividade reduzida (kcal) | Atividade média (kcal) | Atividade intensa (kcal) |
Para as Mulheres | ||||
1,45 | 45 | 1350 | 1700 | 2050 |
1,50 | 48 | 1450 | 1800 | 2150 |
1,53 | 49 | 1500 | 1900 | 2300 |
1,55 | 50 | 1550 | 1950 | 2350 |
1,58 | 52 | 1600 | 2000 | 2400 |
1,60 | 54 | 1650 | 2100 | 2500 |
1,63 | 56,5 | 1700 | 2150 | 2550 |
1,65 | 58 | 1750 | 2200 | 2650 |
1,68 | 60,5 | 1800 | 2300 | 2750 |
1,70 | 62 | 1850 | 2350 | 2800 |
1,73 | 63,5 | 1950 | 2400 | 2900 |
1,75 | 65 | 2000 | 2500 | 3000 |
Para os Homens | ||||
1,60 | 57,5 | 1850 | 2300 | 2750 |
1,63 | 60 | 1900 | 2400 | 2850 |
1,65 | 61 | 1950 | 2450 | 2900 |
1,68 | 63,5 | 2050 | 2550 | 3050 |
1,70 | 65 | 2100 | 2600 | 3100 |
1,73 | 67 | 2150 | 2700 | 3200 |
1,75 | 69 | 2200 | 2750 | 3300 |
1,78 | 71 | 2250 | 2850 | 3400 |
1,80 | 73 | 2350 | 2900 | 3500 |
1,83 | 74,5 | 2400 | 3000 | 3600 |
1,85 | 76 | 2450 | 3050 | 3650 |
1,88 | 78,5 | 2500 | 3150 | 3750 |
* Valores de referência calculados para pessoas entre os 20 e 40 anos.
As necessidades energéticas diminuem, em função da idade: 5% entre os 40 e 50 anos; 10% entre os 50 e 60 anos; 15% entre os 60 e 70 anos; 20% depois dos 70 anos;