
Petiscos
Uma boa parte dos obesos petisca durante o dia, em detrimento das refeições principais. O bolinho das dez da manhã e as bolachinhas durante toda a tarde aniquilam qualquer tentativa de dieta. Comer sem parar é errado, além de que os petiscos são, geralmente, só açúcar ou gorduras.
O açúcar tem o efeito perverso de gerar a sua própria carência. Consumido isoladamente, provoca um aumento importante do nível de açúcar no sangue (glicemia), seguindo-se um verdadeiro desastre metabólico. De facto, através do trabalho da insulina e do fígado, o açúcar é transformado em gorduras que são armazenadas. Além disso, estimulado pelo açúcar, o organismo reage como se estivesse à espera de outros alimentos. Assim, armazena todos os açúcares disponíveis, para arranjar espaço para os outros que espera ver chegar. A glicemia desce abaixo do mínimo e surge a hipoglicemia. Muitos são os que conhecem essa sensação de fraqueza acompanhada de suores e de uma fome violenta que o senso comum encoraja a vencer pela ingestão de açúcar.
As merendas são pequenas refeições e não devem exceder 10 a 15 por cento das calorias diárias. Por exemplo, a merenda da manhã permite combater o desfalecimento matinal e chegar ao almoço sem estar esfomeado. O mesmo acontece com o lanche, que não é só para crianças. As merendas de fruta, iogurte ou cereais também são um complemento à dieta. Os chocolates e as bolachas não têm de ser excluídos, mas não devem ser consumidos com muita frequência. Por vezes, a merenda representa uma pausa bem merecida.