O peso recomendável
Desde há muito que o excesso de peso é considerado um fator de morte prematura. Cardiologistas, endócrinologistas, reumatologistas, ginecologistas, entre outros, explicam-nos que, ao emagrecer, corremos menos riscos de sofrer um enfarte e estamos menos sujeitos a reumatismo e à hipertensão. No caso das mulheres, também é mais fácil engravidar.
Nos países desenvolvidos existem cada vez mais pessoas com excesso de peso. A última investigação da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade concluiu que cerca de 14 por cento dos portugueses sofrem de obesidade e 40 por cento de pré-obesidade. De salientar que este trabalho abrange uma amostra representativa da população nacional.
Num estudo recente sobre hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis, metade dos adultos e um em cada cinco adolescentes apresentavam peso a mais. Além disso, 14 por cento dos adultos eram obesos, enquanto nos adolescentes a percentagem atingia os 6 por cento. Entre os inquiridos, quase 40 por cento afirmavam sofrer de uma doença crónica. A hipertensão (entre outros problemas cardiovasculares) e a diabetes foram as mais citadas.
No entanto, segundo vários estudos, algumas mulheres imaginam-se mais gordas do que realmente são. No já referido trabalho publicado na revista proteste, três em cada cinco portugueses consideram-se muito gordos quando se olham ao espelho. A barriga, as ancas, as nádegas, as coxas, as pernas (e o peito, nas mulheres) são as partes do corpo que menos agradam, tanto aos adultos como aos adolescentes, e que causam ansiedade. É essencial que cada pessoa se aceite tal como é e se veja ao espelho sem disfarces nem falso pudor. Seja realista: o mais importante é gostar de si próprio. Até porque o corpo perfeito não existe.